Tipo 1 - O Perfeccionista
As pessoas que adotaram o Tipo 1 são centradas na ação, têm um senso
prático exigente, que dá prioridade às tarefas a serem realizadas. O vício
emocional é a Raiva, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude
esforçada e auto-imagem virtuosa – Eu
estou fazendo a minha parte.
O nome Perfeccionista vem do alto nível de exigência, que as faz
serem conhecidas como "cri-cris". Se isso tem que ser feito, não
interessa se você gosta ou não, tem que ser feito...
A principal
conseqüência negativa
desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais
necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas duras e intransigentes,
apegadas à dicotomia do certo-errado, justo-injusto, adequado-inadequado,
acreditando que o esforço as faz merecedoras. Se todos fossem como eu, não
teríamos de passar por isso...
Nas empresas, encontramos o Tipo 1 normalmente
ligado a uma área em que seu esforço possa ser mensurado. Contabilidade,
financeiro, organização e métodos são algumas das áreas comuns. Seu senso
prático é muito útil nas situações em que os temas principais são a organização
e a realização. Mas em sua compulsão, serão poucos aqueles que se adaptarão
ao seu alto nível de exigência. Os detalhes tornam-se desproporcionais. É obvio que isto não está bom; se você se
esforçasse mais, entenderia que bom é inimigo de ótimo.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 1 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo
uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a
desenvolver a neutralização do vício emocional (Raiva) e o contato consigo
mesmos por meio da virtude da Serenidade. Esta ferramenta os auxilia a
reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio do
certo-errado, permitindo uma integração maior de seus sentimentos,
pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 1: Lilian Witte Fibe, Luiz Carlos
Prates.
Tipo 2 - O Prestativo
As pessoas que adotaram o Tipo 2 são centradas na emoção, têm uma
percepção aguda dos outros, tornando-se conquistadoras, que sabem como
conseguir o que querem das pessoas. O vício emocional é o Orgulho, que, por
ser inconsciente, é justificado com a atitude solícita e a auto-imagem
bem-intencionada. Esta emoção sustenta um comportamento baseado na sensação
de auto-suficiência e capacidade. Eu
posso...
O nome Prestativo se adapta mais ao subtipo preservação; já o Sexual
poderia ser chamado de Sedutor, e o Social, de Independente. De qualquer
forma, a atitude comum é a de Eu posso, eu sei, eu faço. Hábeis nas
relações, costumam ser conhecidos como pessoas queridas.
A principal
conseqüência negativa
desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais
necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas centradas nos outros, que
se tornam agressivas quando não atendidas. Desenvolvem uma baixa tolerância a
qualquer coisa que se traduza em cuidar de si mesmos. Sofrem quando têm de
pedir algo ou quando não conseguem estar à altura da imagem idealizada.
Nas empresas, encontramos o Tipo 2 normalmente
ligado a uma área em que haja relacionamentos com pessoas. Vendas, RH,
secretariado e áreas assistenciais são comuns. Seu alto nível de empolgação e
envolvimento com pessoas cria movimento onde havia marasmo, desperta nas
pessoas a vontade de se envolver. Mas em sua compulsão, tornam-se
manipuladores agressivos, que cobram cada movimento que tenham feito em
direção ao outro, podendo mover as pessoas umas contra as outras.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 2 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo
uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a
desenvolver a neutralização do vício emocional (Orgulho) e o contato consigo
mesmos por meio da virtude da Humildade. Esta ferramenta os auxilia a
reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio da atenção
do outro ou do valor que lhes dão, permitindo uma integração maior de seus
sentimentos, pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 2: Ana Maria Braga, Xuxa, Tarcísio
Meira.
Tipo 3 - O Bem-Sucedido
Vício Emocional = Vaidade
As pessoas que adotaram o Tipo 3 são centradas na ação ou no
planejamento, visando reconhecimento.Têm uma visão mercantilista, que os guia
na sua perseguição pelo sucesso. O vício emocional é a Vaidade, que, por ser
inconsciente, é justificada com a atitude progressista e auto-imagem
eficiente.
O nome Bem-Sucedido vem do seu apego à imagem e ao valor que ela
traduz; o sucesso é um meio de conquistar valor próprio.
A principal
conseqüência negativa
desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais
necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas frias, que disfarçam sua
frieza com uma imagem humanista. São aficionadas pelo resultado, estressando
todos ao seu redor em nome de uma excelência. Os fins justificam os meios...
se os ventos mudaram, ajuste as velas. Andam com um taxímetro nas costas,
comprometendo-se com as pessoas na justa medida em que elas se tornam úteis
para alcançar as metas.
Nas empresas, encontramos o Tipo 3 normalmente
ligado a áreas em que haja possibilidades de crescimento. Vendas, advocacia,
administração, autônomos, consultoria e assessorias são algumas das áreas
comuns. Sua capacidade de sintetizar idéias e comunicar-se gera orientação em
função das metas. Mas em sua compulsão, tornam-se impessoais, exigindo das
pessoas mais do que elas poderiam dar; e descomprometidos, podendo abandonar
o barco diante de uma proposta mais atraente.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 3 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo
uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a
desenvolver a neutralização do vício emocional (Vaidade) e o contato consigo
mesmos por meio da virtude da Sinceridade. Esta ferramenta os auxilia a
reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio do sucesso,
admiração e reconhecimento, permitindo uma integração maior de seus
sentimentos, pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 3: Ana Paula Padrão, Silvio Santos, Fernando
Henrique Cardoso.
Tipo 4 - O Romântico
As pessoas que adotaram
o Tipo 4 são pessoas centradas na emoção, são sensíveis ao ambiente e
emocionalmente instáveis. A sensível percepção emocional faz delas pessoas
que vêem o que a maioria não vê. O vício emocional é a Inveja, que, por ser
inconsciente, é justificada com a atitude insatisfeita e auto-imagem de
singularidade. Das 9 emoções descritas no eneagrama, a inveja é a mais
incompreendida, agravando a dificuldade dos Românticos em se identificarem no
eneagrama. O que facilmente reconhecem é a insatisfação.
O nome Romântico vem da comparação de sua vida com uma outra
idealizada,
A principal
conseqüência negativa
desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais
necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas centradas no que falta,
indo atrás, no caso do subtipo Preservação; sendo mordazes, no Sexual; ou,
ainda, queixosos, no Social. Mas a característica comum é a insatisfação. ...Se pelo menos fosse assim...
Como o foco é para o que falta e a comparação é constante, tornam-se
pessoas críticas e muitas vezes irônicas. Há uma sensação básica de que foram
“sacaneadas” pelo mundo ou por outras pessoas.
Vale ressaltar que os subtipos do 4 são os que mais apresentam
diferenças caracteriais, parecendo Tipos diferentes entre si.
Nas empresas, encontramos o Tipo 4 normalmente
ligado a uma área em que a criatividade e a originalidade possam ser
expressadas. Estilismo, decoração, psicologia e jornalismo são algumas das
áreas comuns. Seu senso crítico apurado e o gosto pelo diferente criam um
ambiente humano, onde se deseja estar. Quando sentem liberdade para se expressar,
inundam o ambiente com cores. Mas em sua compulsão, tornam-se melancólicos,
carregando o ambiente com sua sensação de insatisfação. Bom dia! - Diz
João - Só se for para você! - Responde Vera.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 4 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo
uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a
desenvolver a neutralização do vício emocional (Inveja) e o contato consigo
mesmos por meio da virtude da Equanimidade. Esta ferramenta os auxilia a
reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio da obtenção
do que falta ou no que está fora, permitindo uma integração maior de seus
sentimentos, pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 4: Paulo Coelho, Caetano Veloso,
Miguel Falabella, Arnaldo Jabor.
Tipo 5 - O Observador
As pessoas que adotaram o Tipo 5 são centradas na mente, têm uma
curiosidade pelo entendimento, tornando-se planejadores extremamente
racionais. O vício emocional é a Avareza, que, por ser inconsciente, é
justificada com a atitude pouco expressiva e auto-imagem lógica e prudente.
O nome Observador vem da atitude de não-envolvimento, como se
preferisse estar em segundo plano, de onde pode ver melhor sem perder seu
senso crítico.
Dos Tipos do Eneagrama são os “mais na deles”; preferem estar consigo
mesmos, envolvidos em atividades que só dizem respeito a si próprios.
A principal
conseqüência negativa
desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais
necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas frias e calculistas, que
crêem na mente como meio de conseguir as coisas, substituindo emoções por
pensamentos. Deus colocou a cabeça mais alto que o coração para que a
razão pudesse dominar o sentimento.
Preferem o racionalismo ao empirismo, não se permitindo sequer
desejar algo que não seja "lógico", ou expressar sentimentos, que,
por sua vez, são vistos como inadequados.
Nas empresas, encontramos o Tipo 5 normalmente
ligado a uma área do planejamento. Engenharias, pesquisa e informática são
algumas das áreas comuns. Sua capacidade de análise faz deles verdadeiros
jogadores de xadrez, trazendo ao grupo o valor das metas de longo prazo e do
planejamento estratégico. Mas em sua compulsão, tornam-se distantes e
inacessíveis; com respostas curtas e diretas afastam as pessoas, mostrando
pouco ou nenhum apreço pela presença delas.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 5 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo
uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a
desenvolver a neutralização do vício emocional (Avareza) e o contato consigo
mesmos por meio da virtude do Desapego da mente. Esta ferramenta os auxilia a
reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio da
racionalização. Aceitam e expressam mais seus sentimentos, permitindo uma integração
maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 5: Jorge Bornhausen, Delfin Neto,
Antônio Hermínio de Moraes, Lázaro Brandão.
Tipo 6 - O Questionador
As pessoas que adotaram o Tipo 6 são centradas na ação ou na emoção,
visando ao controle. São atentas e desconfiadas, embora não necessariamente
expressem isso. Preferem se preparar a atirar-se de improviso. O vício
emocional é o Medo, que, por ser inconsciente, é justificado com a
auto-imagem de precavido e realista.
O nome Questionador vem da atitude desconfiada e alerta, do tipo Enquanto
você está indo, eu já fui e estou voltando... No subtipo sexual encontramos a forma
contrafóbica do medo, que é reconhecida com atitudes opostas ao medo, do
tipo O que você está olhando ai? Vai encarar?
A principal
conseqüência negativa
desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais
necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas ansiosas, que sempre têm
um pé atrás, que preferem o conhecido e querem se preparar para o
desconhecido. Mais vale um pássaro na mão do que dois voando. Ou,
ainda, Melhor prevenir do que remediar.
No caso dos contrafóbicos, a expressão é sempre oposta, de não se
submeter ao mando de outro ou pelo menos questionar agressivamente as
intenções do outro. A melhor defesa é o ataque. Enquanto você está indo,
eu já estou voltando. Esta é uma
atitude que encobre uma desconfiança sobre as reais intenções dos outros e
uma pré-disposição a interpretar os outros como ameaça.
Nas empresas, encontramos o Tipo 6 normalmente ligado
às gerências de pessoas e procedimentos. Produção, financeiro e RH são
algumas das áreas comuns. Sua capacidade de
perceber riscos faz deles hábeis críticos de processos, trazendo um
leque de possibilidades de falhas. Além disso, são gerentes gregários, que
facilmente conseguem trazer o espírito de equipe, no qual vale o Um por
todos e todos por um. A lealdade é uma marca registrada deste padrão de
comportamento. Mas na compulsão, tornam-se rígidos cobradores de normas e
procedimentos, como maneira de garantir o controle.
Os contrafóbicos são encontrados em lideranças, assumindo riscos como
colaboradores ou empresários.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 6 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo
uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a
desenvolver a neutralização do vício emocional (Medo) e o contato consigo
mesmos por meio da virtude da Coragem e da confiança em si mesmos. Esta
ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não
mais por meio da regra ou do que é mais lógico ou seguro. Aceitam e expressam
mais suas emoções, permitindo uma integração maior de seus sentimentos,
pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 6: Lula, Luiz Felipe Scolari.
Tipo 7
- O Sonhador
As pessoas que adotaram o Tipo 7 são centradas na mente; têm uma
agilidade mental para lidar com várias coisas ao mesmo tempo, dando
prioridade ao prazer. O vício emocional é a Gula, que, por ser inconsciente,
é justificada com a atitude entusiasta e auto-imagem de hábil improvisador. Faço do limão uma limonada.
O nome Sonhador vem da grande quantidade de idéias e planos, beirando
o impossível.
A principal
conseqüência negativa
desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais
necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas superficiais, que se
sobrecarregam com atividades como meio de fugir das dificuldades emocionais.
O positivismo exagerado também revela pessoas que evitam o desprazer, olhando
para o mundo com óculos cor-de-rosa.
Nas empresas, encontramos o Tipo 7 normalmente
ligado a uma área em que não haja rotina e a criatividade seja necessária.
Marketing, vendas, planejamento e negociação são algumas das áreas comuns.
Seu positivismo e criatividade são muito úteis nas situações em que o tema
principal é a busca de novas soluções. Mas em sua compulsão, são
indisciplinados e irresponsáveis, fugindo da rotina por meio de argumentos
manipuladores. Chocam-se com aqueles que são mais rígidos e querem seguir os
passos previstos.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 7 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo
uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a
desenvolver a neutralização do vício emocional (Gula) e o contato consigo
mesmos por meio da virtude da Sobriedade. Esta ferramenta os auxilia a
reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio do prazer
imediato, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e
ações.
Exemplos de Tipo 7: Jô Soares, Tom Cavalcante, Didi,
Regina Casé.
Tipo 8
- O Confrontador
As pessoas que adotaram o Tipo 8 são centradas na ação, têm uma
facilidade em mandar e liderar, dando prioridade à realização. O vício
emocional é a Luxúria, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude
dominadora e auto-imagem realizadora. Tudo ao seu redor tem de ser intenso e
desafiador, numa atitude de Dar um boi
para não entrar e uma boiada para não sair.
O nome Confrontador vem da facilidade com que se posicionam a
respeito do que querem, expressando-se de forma direta e objetiva,
intimidando com sua aparente segurança.
A principal
conseqüência negativa
desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais
necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas insensíveis, apegadas à
força e ao poder. Dominadores agressivos, tornam-se conhecidos como
verdadeiros rolos-compressores. Facilmente tendem ao exagero, desconsiderando
o que os outros pensam e sentem.
Nas empresas, encontramos o Tipo 8 normalmente
ligado a liderança. Este é o perfil típico do empresário megalômano, que
cresce rapidamente. Seu feeling para os negócios e sua autoconfiança fazem
deles pessoas que inspiram crescimento e superação. Por meio de atitudes
diretas e eficazes, transformam as organizações rapidamente. Mas em sua
compulsão, assumem a centralização do poder. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Ou, ainda, Será do meu
jeito ou de jeito nenhum.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 8 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo
uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver
a neutralização do vício emocional (Luxúria) e o contato consigo mesmos por
meio da virtude da Inocência. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que
querem a partir de si mesmos, não mais por meio do poder e da dominância,
permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 8: Antônio Carlos Magalhães, Eurico
Miranda, Fidel Castro.
Tipo 9 - O
Preservacionista
Vício Emocional = Indolência
As pessoas que adotaram o Tipo 9 são centradas na emoção ou na mente,
têm uma atitude mediadora, dando prioridade ao bem comum. O vício emocional é
a Indolência, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude
tranqüila e auto-imagem conciliadora, Se
cada um ceder um pouco, todos ficarão bem.
O nome Preservacionista vem da busca de preservar o status quo, evitando
conflito em prol da paz e da tranqüilidade.
A principal
conseqüência negativa
desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais
necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas apáticas, que
desenvolveram um estado de anestesia para não sofrerem atritos com a
realidade. Uma atitude de hiper-flexibilidade os deixa amorfos, adequando-os
facilmente ao ambiente.
São pessoas que expressam
serenidade e calma, mesmo não sendo estes seus sentimentos reais. A apatia
emocional os deixa indecisos, a ponto de serem conhecidos como “tanto faz”.
Nas empresas, encontramos o Tipo 9 nas mais
variadas áreas. Sua facilidade em se adaptar permite manterem-se em atividade
por longos prazos, resistindo inicialmente a mudanças, mas adaptando-se no
decorrer do tempo. Administrativo, secretariado, atendimento ao público e
auxiliares são algumas das áreas comuns. Sua habilidade mediadora é muito
útil nas situações em que é necessário desenvolver tarefas de longo prazo.
Mas em sua compulsão, acabam cedendo para evitar o conflito. Tornam-se
indecisos e procrastinadores, preferindo a realização de tarefas ao
envolvimento ativo na busca de soluções – Vou me fingir de morto para sobreviver.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 9 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo
uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a
desenvolver a neutralização do vício emocional (Indolência) e o contato
consigo mesmos por meio da virtude da Ação Correta. Esta ferramenta os
auxiliam a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais na atitude
adaptativa ao meio em que estão inseridos, permitindo uma integração maior de
seus sentimentos, pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 9: Dorival Caymmi, Tom Jobim, Martinho
da Vila.
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O diagrama do Eneagrama
Este é o Diagrama do Eneagrama, com a posição específica de cada um dos nove tipos de personalidades e os nomes a eles atribuídos por Helen Palmer e David Daniels.
Este é o Diagrama do Eneagrama, com a posição específica de cada um dos nove tipos de personalidades e os nomes a eles atribuídos por Helen Palmer e David Daniels.
Resumo dos 9 tipos do Eneagrama
Os nove tipos do Eneagrama podem ser resumidos da seguinte maneira:
Tipo 1
Organizado, disciplinado e responsável, o tipo 1 do Eneagrama tem a tendência de focar sua atenção no erro, ou seja, naquilo que precisa de correção. É perfeccionista e reprime seus impulsos e desejos para manter uma postura correta na vida. Monitora o comportamento dos outros e principalmente o seu próprio, mas contém a raiva quando se depara com a imperfeição, podendo experimentar ressentimento.
No trabalho, o tipo 1 possui como pontos fortes a integridade, a responsabilidade, a busca da excelência, da justiça e da razoabilidade. Por outro lado, pode tornar-se inflexível, irritar-se com o padrão "inferior" dos outros e exagerar no perfeccionismo. Desta forma, suas tarefas chaves são calar o seu exigente "crítico interno" e desenvolver a aceitação.
Tipo 2
Generoso, colaborador e atencioso, o tipo 2 tem a tendência de concentrar sua atenção naquilo que as outras pessoas desejam e precisam, negligenciando suas próprias necessidades. O tipo 2 procura ser indispensável para algumas pessoas significativas em sua vida e para isto transforma-se naquilo que estas pessoas querem que ele seja, numa estratégia de dar para então receber aprovação e aceitação.
No trabalho, o tipo 2 possui como pontos fortes o apoio aos outros, a generosidade e sua capacidade de gerar bons sentimentos. Por outro lado, pode focar excessivamente as necessidades dos outros, evitar conflitos e negar seus próprios objetivos. Desta forma, suas tarefas chaves são receber e dar apoio apropriado e tomar decisões com liberdade.
Tipo 3
Autoconfiante, eficiente e cheio de energia, o tipo 3 tem a tendência de tornar-se o protótipo daquilo que esperam dele, focando excessivamente as tarefas e as metas, mas deixando de lado seus próprios sentimentos. Enquanto foge do fracasso e busca a aprovação dos outros, o tipo 3 tende a tornar-se muito competitivo, ambicioso, impaciente e "workaholic".
No trabalho, o tipo 3 possui como pontos fortes a orientação para as metas, a postura de fazer acontecer, a confiança e o otimismo. Por outro lado, pode enfatizar apenas a atividade e a eficiência, trocar sentimentos pelo sucesso e não pedir opiniões aos colegas. Desta forma, suas tarefas chaves são prestar atenção aos relacionamentos e moderar o seu ritmo.
Tipo 4
Sensível, autêntico e criativo, o tipo 4 do Eneagrama tem a tendência de sentir que algo importante lhe está faltando, alimentando uma sensação permanente de perda. Altamente emotivo, o tipo 4 freqüentemente se desaponta consigo mesmo e com os outros e pode rebaixar-se na comparação com as outras pessoas.
No trabalho, o tipo 4 possui como pontos fortes o talento criativo, o idealismo apaixonado e a compaixão. Por outro lado, pode ter uma sensação de insuficiência, evitar compulsivamente o trabalho comum e rotineiro e sucumbir à oscilação emocional. Desta forma, suas tarefas chaves são apreciar o que está presente e manter uma liderança firme, apesar da alternância de sentimentos.
Tipo 5
Inteligente, observador e cheio de boas idéias, o tipo 5 tem a tendência de isolar-se das pessoas para ter privacidade e ser auto-suficiente, reduzindo desejos e vivendo uma vida simples. Substituindo experiências reais por uma vida mental, o tipo 5 passa a armazenar conhecimento e informações e passa a observar o mundo à distância.
No trabalho, o tipo 5 possui como pontos fortes a análise atenta e elucidativa, a calma nas crises e uma postura não invasiva. Por outro lado, pode tornar-se excessivamente analítico, desconectar-se emocionalmente dos outros e retrair-se, isolar-se. Desta forma, suas tarefas chaves são sustentar a conecção com as pessoas e manter-se envolvido com a vida.
Tipo 6
Cauteloso, fiel e cooperativo, o tipo 6 tem a tendência de imaginar o pior, evitando aquilo que pode dar errado ou ser perigoso. O tipo 6 foge do risco e torna-se vigilante e ansioso, tendo dificuldade em confiar nas pessoas e nas situações. Tende a ser pessimista e a não reconhecer ou esquecer as coisas positivas que acontecem em sua vida.
No trabalho, o tipo 6 possui como pontos fortes a lealdade, o questionamento revelador e a previsão de problemas e situações. Por outro lado, pode amplificar cenários negativos, buscar a certeza continuamente e duvidar de seu próprio poder. Desta forma, suas tarefas chaves são construir a confiança e seguir adiante, apesar da dúvida e da incerteza.
Tipo 7
Inovador, disposto e divertido, o tipo 7 tem a tendência de dispersar-se e buscar opções mais prazerosas em tudo o que faz, perdendo seu foco e, às vezes, seus comprometimentos e vínculos. O tipo 7 foge compulsivamente da dor e do desprazer e, para isto, mantém várias opções em aberto e a vida em ritmo de aventura, racionalizando a maior parte de suas ações.
No trabalho, o tipo 7 possui como pontos fortes o otimismo contagiante, as idéias e planos criativos e o estilo igualitário e encantador. Por outro lado, pode distrair-se facilmente, tornar-se impaciente com limitações e esquecer o que é importante para os outros. Desta forma, suas tarefas chaves são manter compromissos e vínculos e reconhecer a dor e as limitações.
Tipo 8
Resoluto, determinado e autêntico, o tipo 8 tem a tendência de cometer excessos e exagerar no exercício do poder e da dominação. O tipo 8 foge da vulnerabilidade e tem a tendência de negar suas fraquezas e de defender aqueles que são mais fracos. Costuma expressar sua raiva de maneira direta e confrontadora, podendo tornar-se intimidativo.
No trabalho, o tipo 8 possui como pontos fortes a franqueza e generosidade, o vigor e prazer no que faz e seu lado justo e protetor. Por outro lado, pode invalidar as posições dos outros, negar suas vulnerabilidades e ter uma abordagem do tipo "tudo ou nada". Desta forma, suas tarefas chaves são aplicar poder e controle proporcionais às situações.
Tipo 9
Calmo, paciente e quase sempre favorável, o tipo 9 do Eneagrama tem a tendência de perder-se nas agendas, pedidos e demandas das outras pessoas, esquecendo-se do que é fundamental para si próprio. O tipo 9 foge do conflito e tem imensa dificuldade em falar "não". Busca situações familiares e de conforto, contendo sua energia e sua raiva.
No trabalho, o tipo 9 possui como pontos fortes a regularidade, a adaptabilidade e a capacidade de solucionar conflitos. Por outro lado, pode esquecer-se da sua própria importância, evitar o desconforto e tornar-se teimoso. Desta forma, suas tarefas chaves são traçar prioridades e limites e expressar suas próprias visões.
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