terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Dicas para uma entrevista

Prepare-se bem antes de ir para a entrevista.
Faça um planejamento em sua casa.
Conheça bem o seu currículo e saiba explicar todos os itens que o compõem.
Procure em jornais, revistas, internet e folhetos de propaganda, todas as informações sobre a empresa.
  1. Demonstre muito interesse pela empresa.
  2. Chegue no horário marcado, de preferência minutos antes, sabendo o nome da pessoa com quem deve falar.
  3. Alguns assuntos devem ser evitados em uma entrevista, como: futebol, política e religião.
  4. Nunca fale mal de antigos chefes ou empresas onde tenha trabalhado.
  5. Esteja preparado para responder à todas as questões: como pretensão salarial, disponibilidade para viagens e horários.
  6. Demonstre todas as suas aptidões profissionais e sua contribuição às antigas empresas onde trabalhou.
  7. Demonstre sua capacidade de aprender rapidamente algo que ainda não sabe.
  8. Dizer a verdade é sempre a melhor resposta.
  9. Não sabendo responder, não enrole.


CUIDADO COM OS ERROS QUE VOCÊ NÃO DEVE COMETER
  1. Perfumar-se em exagero.
  2. Usar roupas coloridas demais, decotadas ou mal cuidadas, apliques multi coloridos, muito brilho, maquiagem carregada.
  3. Unhas mal cuidadas.
  4. Revelar tiques nervosos, como roer unhas, enrolar o cabelo, coçar a cabeça, etc.
  5. Gesticular demais durante a conversa.
  6. Falar e rir muito alto.
  7. Tentar tornar-se íntimo, tratando o entrevistador como se já fossem velhos conhecidos.
  8. Falar mal das empresas anteriores ou divulgar informações confidenciais.
  9. Fumar na sala de espera ou durante a entrevista.
  10. Responder de modo curto ou longo demais às perguntas feitas pelo entrevistador.
  11. Manter o celular ligado durante a entrevista.
Entrevista de seleção é algo que ainda causa pesadelos em muitos candidatos a emprego. Mas não é preciso se desesperar. Estar atento para as possíveis variáveis que possam interferir nessa fase é tão importante para o ingresso em um novo trabalho quanto a preparação do currículo ou a experiência profissional.
Para não incorrer em erros comuns nessa fase de seleção, preste atenção nas dicas abaixo:
*       aprender com as entrevistas anteriores - mas não deixe que uma experiência ruim interfira na sua atuação
*       estar em bom estado físico e psicológico
*       personalidade - analise suas características mais marcantes, tanto as positivas quanto as negativas, e encontre a melhor forma de equilibrá-las
*       identidade cultural - saiba valorizar sua cultura sem menosprezar a do entrevistador
*       expectativas - tente encontrar o melhor momento de expressá-las e controle-se para não parecer exagerado ou desmotivado


Veja algumas das posturas mais usuais apresentadas pelos candidatos durante uma entrevista:
*       Participante: sente-se à vontade para falar e reagir
*       Inibido: responde o mínimo do que lhe é perguntado
*       Treinado: responde antecipando-se às questões
*       Ingênuo: não sabe por que está sendo interrogado
*       Bloqueado: consciente ou inconscientemente censura suas respostas
*       Crítico: censura os defeitos da entrevista ou da situação
*       Arisco: responde como se estivesse sendo atacado
*       Pegajoso: busca a atenção do entrevistador
*       Subserviente: desculpa-se o tempo todo pelas inconveniências que podem ocorrer na entrevista
*       Inquiridor: questiona muito o entrevistador
*       Controlador: procura dirigir o questionamento do entrevistador
*       Irônico: responde agredindo o entrevistador de modo velado e sútil
*       Sedutor: preocupa-se em comprar o entrevistador


Qual das posturas acima é a mais propensa a conseguir a vaga? Sem dúvida é o candidato participante, que responde o que é perguntado mas também sabe questionar quando preciso, fazendo uso das experiências anteriores, conhecimento que adquiriu na véspera sobre a empresa e também conhecimento sobre si mesmo, que inclui saber o que ele quer para sua vida pessoal e profissional daqui para frente. Boa sorte... e sucesso!

Saiba como se preparar para uma entrevista de emprego


É raro receber uma oferta de emprego logo na primeira entrevista. O mais comum é que o candidato seja submetido a duas ou três entrevistas, com profissionais de diferentes níveis de hierarquia na empresa. até receber a proposta de emprego. Em multinacionais, esse processo pode ser mais longo. Em empresas pequenas, nas quais o poder decisório está nas mãos do patrão, pode ser mais rápido. No livro Como Conquistar um Ótimo Emprego, o consultor Thomas Case faz uma série de recomendações para a hora da entrevista. A seguir, seu roteiro:

1 - Personalidades que agradam os pesquisadores
Se o currículo é a forma de informar a empresa sobre sua formação e experiência, a entrevista tem a função de mostrar quem você realmente é. Algumas características pessoais e atitudes costumam causar boa impressão ao entrevistador:
·         Energético - Quanto mais vigor e disposição para trabalhar, melhor.
·         Motivado - Entusiasmo para superar dificuldades é uma qualidade requisitada.
·         Persistente - Mostre que você não desiste de tarefas até atingir o objetivo.
·         Responsável - Ninguém gosta de funcionários que não assumem responsabilidades.
·         Honesto - Não adiante apenas ser e parecer honesto. É bom apresentar referências que comprovem sua integridade.
·         Dedicado - O executivo que veste a camisa da empresa é peça fundamental.
·         Analítico - Inteligência e discernimento na hora de tomar decisões devem ser enfatizados.
·         Orientação para objetivos - Funcionários dispersivos não crescem na carreira.

2 - Como se comportar na entrevista
É importante adicionar às respostas doses generosas de entusiasmo e seriedade. Algumas dicas:
·         Ninguém gosta de pessoas negativas. Seja positivo e otimista.
·         Não feche portas. Se o entrevistador perguntar se você mudaria de cidade, diga que pode pensar a respeito. Dependendo da oferta, pode valer à pena.
·         Não fale mal de seus patrões anteriores ou de quem quer que seja.
·         Responda conhecendo de antemão a filosofia da empresa, para evitar trombadas.
·         Deixe claro que você procura desafio e envolvimento no trabalho.
·         Seja sempre objetivo. Quem dá respostas vagas, perde credibilidade.
·         Evite dar respostas curtas demais, como sim e não. Aproveite para comunicar suas qualidades, de modo sucinto.


3 - Respostas para as perguntas mais frequentes
·         Se o candidato estiver preparado para responder a questões que certamente serão feitas, terá mais chance de causar boa impressão:
·         Por que está deixando seu emprego atual ? Se está empregado, deve dizer que busca novos desafios e oportunidades. Não fale mal da empresa atual. Se estiver desempregado, conte a verdade. Caso tenha sido demitido por um corte de custos, diga isso com todas as letras. Se o motivo for outro, diga que cometeu um erro -o de não ser suficientemente diplomático, por exemplo- aprendeu a lição e não o cometerá novamente. Essa resposta deve ser a mais curta possível. Se puder, dê referências de seu desempenho.
·         Quanto quer ganhar? Se você está empregado, seu poder de barganha é grande e você pode dizer que espera ganhar mais do que hoje. Explique sua remuneração direta e benefícios. Mas evite dar uma cifra. Deixe isso para a hora em que a oferta de emprego chegar. Se estiver desempregado, a melhor resposta é: "Sou flexível. Gostaria de ganhar de acordo com o mercado. Em meu último emprego ganhava o seguinte..."
·         Quais seus objetivos de longo prazo? Seja objetivo: ser diretor de engenharia, por exemplo.
·         Quais seus objetivos de curto prazo? Seja específico: ser gerente de vendas, por exemplo.
·         Que você procura num emprego? Desafio, envolvimento e chance de contribuir com a empresa.
·         Por que acha que devemos contratá-lo? Conte como pode, com seu desempenho, gerar lucros para a empresa.
·         Você é capaz de trabalhar sob pressão e com prazos definidos? Escolha bons exemplos. Liste as cinco maiores realizações de sua carreira. Escolha bem e mencione as mais condizentes com o seu objetivo profissional, de preferência recentes.
·         Qual seu ponto forte? Fale de características universalmente desejadas: entusiasmo, persistência, dedicação, responsabilidade e competência técnica.
·         Qual seu ponto fraco? Nunca mencione algo muito negativo. Explore pontos mais neutros para suas futuras atribuições.
·         De quanto tempo precisa para trazer uma contribuição para nossa empresa? A partir do primeiro dia, e cada vez mais, à medida que conhecer melhor a organização.
·         Quanto tempo pretende ficar conosco? Enquanto houver oportunidade para crescer e contribuir com a empresa.
·         Que acha de seu chefe anterior? Não fale mal. Diga algo como "acho que é um profissional competente".
·         Que você não gostava no seu emprego anterior? Diga que gostava. Não se queixe.
·         Prontifica-se a substituir seu chefe? "Sem dúvida, sou ambicioso e quero crescer".
·         Você é um líder? Ajudou a aumentar lucros? Ajudou a reduzir custos? Responda objetivamente, com resultados.
·         Que seus subordinados pensam de você? "Sou respeitado e admirado"
·         Já admitiu funcionários? O que considera importante num colaborador? Competência, dedicação, boa índole e entusiasmo.
·         Já demitiu funcionários? Cite o último caso. Prefira um caso positivo.
·         Fale sobre você. Seja sucinto e focalize nos resultados. Não trate da vida pessoal.
·         Com que tipo de pessoa você tem dificuldade para trabalhar? Diga que se adapta às necessidades e se relaciona facilmente com todos.
·         Quais são as decisões mais difíceis para você? Mostre que é capaz de tomar as decisões necessárias de forma lógica. Mas, como ser humano, as decisões mais difíceis são as que envolvem a vida dos subordinados.
·         Se pudesse começar tudo de novo, que faria diferente? Mostre que é uma pessoa segura e diga que não mudaria nada de essencial.


4 - Perguntas que você pode fazer ao entrevistador
Sua capacidade em interferir no rumo da conversa vai impressionar o entrevistador. Algumas sugestões de perguntas que você poderia dizer:
·         Quais são os objetivos da empresa?
·         Como está mudando a organização na empresa?
·         Como essas mudanças vão afetar o trabalho para o qual estou sendo considerado?
·         Por quais novos resultados esse cargo vai ser responsável?
·         Que qualificações são necessárias para ter um bom desempenho nesse cargo?
·         Que aspectos do trabalho atual poderiam ter melhor desempenho ?
·         Por que o desempenho não melhorou antes?
·         O que você desejaria ver no novo ocupante desse cargo?


5 - Pesquisa a empresa
Você deve informar-se muito bem sobre a empresa para não parecer despreparado para a entrevista. Procure saber o seguinte:
·         Que tipo de produtos vendem
·         Onde ficam as instalações.
·         Quantos funcionários tem.
·         Como se desenvolveu o negócio.
·         Quem são os concorrentes.
·         Quais as estratégias adotadas.
·         Que notícias sobre a empresa saíram nos últimos tempos em jornais e revistas especializadas.
Para conseguir esse tipo de informação, você pode visitar o departamento de vendas da empresa e, sem mencionar que é candidato a uma vaga, conseguir catálogos. Se for constrangedor, peça a um amigo para fazer isso. Se a empresa for grande, haverá informações sobre ela em publicações como Melhores e Maiores, da Revista Exame, ou Balanço, da Gazeta Mercantil.
6 - Outros cuidados na hora da entrevista
O que fazer:
Chegue cedo e aproveite o tempo de espera para repassar mentalmente sua estratégia.
A aparência deve ser impecável e formal. Homens devem usar terno azul-marinho ou cinza. Mulheres, tailleur e sapatos não muito altos.
Dê um aperto de mão firme, nem muito forte nem muito fraco.
Sorria. Seja agradável, mas não informal.
Mire no entrevistador. Não desvie o olhar.
Responda às perguntas com entusiasmo.
Mantenha a postura ereta na cadeira.
Durma bem na noite anterior.
Escute o entrevistador para detectar o que ele quer.
O que não fazer:
·         Não leve outra pessoa com você.
·         Não fume. Há empresas que até discriminam fumantes,
·         Não peça desculpas na hora de falar de seus pontos fracos.
·         Nunca use óculos escuros.
·         Jamais implore ao entrevistador que lhe dê trabalho.
·         Evite a curiosidade de olhar o que esta à mesa do entrevistador.
·         Não conte piadas.
·         Cuide bem do seu hálito.
·         Evite discussões sobre religião, política ou futebol.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Convite ao meu professor

txt disponível na integra em:
http://atilionory.blogspot.com/

"(...) Entre os profissionais que tive o prazer de conhecer, a maioria comentou sobre estar infeliz no trabalho, acreditando que poderia ser algo relacionado a geração “Y”, e querem estar mais orgulhosos dos seus trabalhos, encontrar um sentido real para com seus oficios e com tudo o que fazem.
Com estas pessoas que não são somente desta famosa geração “Y” mas das anteriores também, vi esta necessidade de estar feliz no trabalho estampada e acredito que a terapia de carreira seja um caminho certo, uma vez que, além de buscar um reposicionamento profissional, conduz a reflexao sobre quem se é e quem se quer ser.
Mesmo esta sendo a equação mais difícil, para a maior parte dos profissionais, muitos em grandes empresas, que possuem diversas oportunidades, não os vi perto dos seus objetivos, por varios motivos, desde nao identificação com superior, pares e outros motivos relacionados a estes.
Na Terapia de Carreira, um trabalho criado e desenvolvido pela Isabel Arias, tive o prazer de participar das sessões de um profissional que estava INFELIZ, oportunidade impar, pois o trabalho desenvolveu-se de uma maneira supreendente onde o profissional identificou os pontos a serem trabalhados, foi orientado e hoje já está mais engajado com a sua rotina e com aumento de performance, o que diminui a sensação de estar infeliz.
Trata-se de um detalhe, uma palavra ou um modo de ver as questões, de como se lida com os desafios. (...)"

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Vicissitudes teóricas


Entre as abordagens teóricas que estudam e discutem a saúde no contexto organizacional destacam-se: a medicina do trabalho, psicologia social, do trabalho e organizacional, a ergonomia e a psicodinâmica.  Entre os estudos a cerca da saúde do trabalhador os principais indicadores de saúde são: prazer, satisfação e bem-estar; enquanto os principais indicadores de adoecimento estão: o sofrimento, o estresse e o burn-out.
Os estudos apontam para uma multiplicidade de fatores e relações causadores do processo de saúde/adoecimento do trabalhador e as mais recentes pesquisas visam quebrar com as dicotomias e análises de redutivas de causa e efeito. Também apontam os aspectos construtivos do ambiente laboral, mas sem ignorar o contexto patológico. Também são abordadas duas doenças ocupacionais que vem crescendo muito em todos os ambientes de trabalho: os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORTs) e a depressão.
O trabalho cada vez mais desempenha um papel fundamental na vida do indivíduo, constitui sua identidade e é fonte de realização, mas também pode ser fonte do adoecimento da pessoa desde os “workaholics” até a questão do desemprego. Sob o ponto de vista psicopatológico o trabalho pode ser um fator causador ou desencadeador de doenças psíquicas, constantemente chamadas de doenças ocupacionais. Enquanto efeito causador seja por condições de trabalhos inadequadas ou outros fatores a patologia e angústia do sujeito cessam quando transformadas as condições do trabalho. Como fator desencadeante o trabalho apenas funciona como gatilho de uma condição do sujeito como falta de amadurecimento emocional, dificuldades de relacionamento ou predisposição a certos tipos de adoecimento, e nesse caso não basta transformar as condições de trabalho.
A saúde no ambiente do trabalho é predominante e os indicadores dela devem ser valorizados nos estudos e culturas organizacionais para que a saúde do trabalhador seja estimulada e cultivada de uma maneira preventiva, otimizando assim a qualidade dos serviços, produtos e de vida dos colaboradores de uma organização. Isso não significa banalizar as doenças ocupacionais que, geralmente, são distúrbios biopsicossociais, por isso é importante estudar e detectar os núcleos patológicos para integrar ações preventivas com tratamento e diagnóstico clínico o mais cedo possível visando assim não contaminar o contexto organizacional.

Referência: "Capítulo 2: Trabalho e saúde no contexto organizacional: Vicissitudes teóricas (Ana Magnólia Mendes e Roberto Moraes Cruz)"

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Prevenir é melhor que remediar

por Marcos C. Ribeiro
disponível em: http://www.carpsi.com.br/Newsletter_10_jul-11.pdf


Um velho e sábio ditado já enfatiza, há tempos, que prevenir é
melhor do que remediar. Nas áreas de Segurança no trabalho,
na Saúde e Meio ambiente, no ambiente empresarial (EHS –
Enviromental Safety and Health) também há muitos anos se defende,
e com razão, que para menor ocorrência de incidentes e
acidentes com efeitos sobre o homem ou meio ambiente devese
priorizar as ações “prevencionistas” (Aquelas que previnem
ao invés de remediar).
As áreas que cuidam da saúde pública e privada entendem o
mesmo, que boas políticas de prevenção (medicina ou odontologia
preventivas, por exemplo) têm maior efeito sobre a saúde
da população e menor custo social de atendimento hospitalar.
Os melhores planos de saúde propõe e permitem a seus associados
um programa de melhoria de qualidade de vida e
prevenção de doenças sistêmicas ou epidêmicas (stress, obesidade,
hipertensão etc..) a custo zero, pois em geral no médio e
longo prazos percebem uma redução dos custos de atendimento
destes mesmos associados.
A grande questão é: “por que não conseguimos aprender com
todos estes exemplos e adotamos medidas de prevenção em
outras áreas de nossas vidas? Por que nos permitimos perdas
razoáveis de valores tangíveis e intangíveis para nós ou nossos
filhos sem nenhuma medida de prevenção ou seguro contra
estas perdas?”
Vejamos o ponto:
Segundo algumas estatísticas pouco divulgadas, o índice de
desistência (evasão voluntária), na primeira ou segunda escolha
de um curso de graduação do 3º grau, chega às Universidades
particulares até 30% no 1º e ou 2º ano de curso.
O índice de graduados no 3º grau que exercem trabalhos
e atividades remuneratórias totalmente diversas do que previam
no seu esforço de graduação do 3º grau é ainda maior
que 30%.
Atualmente na média do Brasil somente 20% dos que ingressam
nas faculdades de engenharia acabam por completar
o curso e obter a graduação. 80% desistem no decorrer
do curso.
O índice também é crescente no grupo dos recém formados
em cursos mais generalistas como, por exemplo, Administração
de Empresas, que com o diploma na mão se perguntam,
por um ou dois anos, “em que área da administração
eu vou me realizar mais e me desenvolver mais e, portanto,
obter o progresso e satisfação profissional que sonhei?”
Pois bem, se de um lado temos um sistema educacional
formal e oficial de qualidade duvidosa e decrescente, que
não se importa com nada mais do que manter o fluxo de
alunos em aprovação quase automática, para que seus índices
comparativos internacionais não envergonhem tanto a
nação; De outro temos o sistema privado, em geral, melhor
equipado para dar conteúdo e até alguma evolução de habilidades
e competências, durante o período fundamental
e secundário, mas que tem na aprovação dos vestibulares
pelos seus alunos a métrica mais importante para retenção
e aquisição de novos clientes no mercado (os pais dos alunos!).
No fundo pouquíssimas instituições educacionais reservam
alguma preocupação, tempo e comprometimento com seus
alunos no sentido de dar-lhes a oportunidade de descobrir
suas melhores possibilidades de desenvolver-se profissionalmente
na vida real, com possibilidades de também ser feliz e
bem sucedido qualquer que seja sua escolha, desde que seja
uma escolha consciente.
É verdade que a idade tenra dos adolescentes, sua imaturidade,
quando forçados a tomar este tipo de decisão (escolha
da carreira profissional) pode ser um argumento válido para
crítica ao sistema. Mas enquanto o sistema exige, o melhor
é resignar-se, tentar um palpite de parente maduro ou deixar
o adolescente escolher por si, pelas influências normais das
modas, das mídias, dos papos de colegas e ou tentar simplesmente
a sorte?
Se a idade não é a mais adequada para este tipo de decisão.
Se as mídias, modas e convenções induzem as escolhas pautadas
pelo mercado em alta demanda, ou maiores salários nos
últimos anos ou qualquer outra tendência.
Se ainda as possibilidades de escolhas são cada vez mais amplas.
Se as opções de trabalho tendem a ser maiores do que as
opções de empregos (PJ, CLT flex etc..) .
Se de repente, no Brasil pós Lula, até emprego publico ganhou
novo charme e a procura por concursos públicos tem superado
as melhores previsões.
Se tudo isso ocorre o quê se pode fazer para minimizar os riscos
e frustrações de pais e filhos?
A melhor opção de prevenção de riscos e perdas tangíveis e
intangíveis é a de permitir a oportunidade de uma bem feita
avaliação de perfil e habilidades para, em conjunto com o profissional
da área, encontrar a melhor orientação profissional
que dê respaldo e suporte a escolha da forma mais consciente
possível.
Isto vale para qualquer idade desde os 16 anos (recomenda-se
a partir da 2ª série do 2º grau) até o recém formado ou até
aqueles que por falta de oportunidade só puderam entrar na
faculdade depois de maduros.
Cada ano perdido na escolha errada durante a graduação custa
o intangível do tempo perdido que não mais se recupera.
Custa a frustração da escolha equivocada e o esforço da retomada
e recomeço na 2ª ou até 3° escolha como tem ocorrido
com freqüência. Alem do tempo o custo emocional que nem
sempre acrescenta um amadurecimento adicional sem dor.
Nos quatro anos de existência da CARPSI, cerca de 70% dos
clientes que realizaram o processo de Orientação Profissional
já haviam desistido em uma ou duas escolhas, ou pior, vieram
repensar a profissão após de experiência na área escolhida.
O custo tangível é menor, mas ainda assim significativo:
As mais acessíveis Universidades vão custar, por ano letivo,
pelo menos R$ 6000,00 e podem, nos cursos mais sofisticados
em infra-estrutura, instalações e corpo docente, custar
ao ano até R$ 33 mil reais.
Pois bem, este é o custo tangível de cada ano perdido pela
escolha errada. Adicionem-se a isso as despesas normais de
locomoção, material e livros, lanches e até estacionamento
em alguns casos e, portanto, deve-se adicionar de 20 a 30%
de despesas colaterais de um ano de estudos no 3º grau.
As universidades agradecem quando por estes equívocos:
30% de seus alunos ao invés de encerrarem o ciclo em 4 ou
5 anos como seria o esperado permanecem no sistema de
6 a 8 anos, não por falta de estudo ou interesse, mas por
terem escolhido a opção errada. Isto representa pelo menos
de 15 a 20 % de crescimento do mercado de ensino no 3º
grau por equívocos de escolha no que seria o faturamento
médio per capita esperado e normal.
É certo considerar que no passado e até hoje uma parcela
da população não teve ou não tem recursos financeiros,
orientação e nem educação para pensar nisso e quando
chegam a idade de trabalho por necessidade estão finalizando
o 1º grau ou iniciando o 2º grau. Esta parcela não
tem respaldo público e nem terá tão cedo. Mas a classe
média ascendente e crescente já, não mais, pode usar este
argumento. Todos os alunos de classes ascendentes têm seu
celular, vão as baladas e tem renda média familiar para não
prescindir de um esforço de prevenção de sair ao encontro
do mercado de trabalho sem uma orientação profissional
adequada. Isto custa menos de 20% do custo anual das
faculdades mais acessíveis.
As vacinas reduzem as epidemias e evitam muitas doenças
e se não distribuídas em postos de saúde ainda por precaução,
podem ser tomadas ao custo que estiver ofertada nas
clínicas de vacinação, pois o custo da vacina é menor que
20% do custo do tratamento em caso da doença existir na
vida do paciente.
É por isso que a ênfase é dada, para que se permita aos
jovens que estejam mais bem assessorados, respaldados e suportados
para que suas escolhas profissionais, pré-vestibular,
possam ser as mais corretas possíveis. De forma que a epidemia
de escolhas equivocadas e seus custos tangíveis e intangíveis,
que serão conseqüência inexorável para o indivíduo e
para a família, não se tornem um custo social involuntário.

Parceria com a Carpsi

A Carpsi compreende bem os rumos e o contexto profissional das novas gerações.
 Por isso veio aqui, no Facebook e nesse blog, divulgar um plano especial para quem vai passar por escolhas de carreira em 2012. 
Compartilhe essa promoção e participe! Forme grupos de 2 até 5 pessoas e obtenha descontos especiais. 
Você vai receber uma orientação diferenciada, moderna e personalizada, com a dinâmica e os desafios do trabalho em grupo.
Para entender melhor como a orientação profissional pode te auxiliar nas escolhas acesse:
 http://www.carpsi.com.br/Newsletter_10_jul-11.pdf
Entre em contato e agende o trabalho pessoal ou para seu grupo de amigos.
www.carpsi.com.br
carpsi@carpsi.com.br
11-9910-5369 (Henrique)

Meu TCC: Gestão de Talentos

GESTÃO DE TALENTOS: UMA ANÁLISE DOS MODELOS
DE GESTÃO EM EMPRESAS DE GRANDE PORTE EM SÃO PAULO
Trabalho de graduação interdisciplinar apresentado ao curso de Psicologia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
da Universidade Presbiteriana Mackenzie como requisito parcial à obtenção de grau de Bacharel em Psicologia. 2007.
Gustavo Justi Pisani
Henrique Carpigiani Ribeiro

Disponível integralmente em:
http://www.carpsi.com.br/Newsletter_5_fev-09.pdf



1.1 INTRODUÇÃO:

Historicamente a psicologia organizacional teve seu início em meados do século XX com Hugo Münsterberg e Walter Dill Scott que foram psicólogos experimentais e professores universitários e decidiram aplicar o conhecimento do campo da psicologia na resolução de problemas encontrados nas organizações. (Spector, 2005)
A partir da administração científica desenvolvida com as experiências de Frederick W. Taylor com contribuições de Fayol e Henry Ford para sua configuração encontra-se as raízes da administração dos recursos humanos. (Gil, 2001)
A Psicologia desde seus primórdios como ciência estuda a parte psíquica do ser humano, pode ser vista como responsável pelo entendimento dos comportamentos e subjetividades expostas em ambientes de trabalho. A atuação de psicólogos em ambientes de trabalho que não fossem clínicos teve um duplo surgimento. O primeiro foi a psicologia industrial, conhecida como área de Recursos Humanos, que se preocupa em analisar, desenvolver e utilizar da melhor forma o capital humano para que se atinjam os resultados esperados e planejados e às vezes até os superem. A segunda possibilidade de atuação do psicólogo é a psicologia na organização, esta surgiu como atuação que visa aumentar o bem-estar dos funcionários a partir da análise de seus comportamentos. (Spector, 2005)
Os Recursos Humanos por muito tempo e em algumas empresas até hoje são vistos como área de apoio aos outros departamentos, porém recentemente vem sendo implementada na maior parte das organizações que os recursos humanos também é uma área estratégica, pois é responsável pelo gerenciamento de pessoas e são os funcionários que no final das contas farão a diferença no resultado da empresa.
Por este motivo, métodos de gestão de pessoas foram sendo criados, a princípio criou-se com foco sempre e somente nos resultados e o desenvolvimento do funcionário era feito com base em sua avaliação de desempenho sobre metas estipuladas.
Segundo Gil (2001) os conceitos: gestão de pessoas, gestão por competências e gestão de talentos substituíram o termo Administração de Recursos Humanos nos últimos anos. O autor explica que o termo administração de recursos humanos é uma terminologia restritiva e limitada que compreende as pessoas dentro das organizações como apenas mais um recurso como matéria prima e recursos ambientais.
Com o desenvolvimento das técnicas de gestão, com o surgimento de uma preocupação maior com a satisfação do funcionário em seu âmbito de atuação, foi desenvolvida a gestão por competências, esta atualmente a mais bem vista, pois é viável para a própria empresa e também é viável para o próprio funcionário. Dentro deste estilo de gestão, que afeta no trabalho de todas as partes dos recursos humanos, existem duas linhas de pensamento teórico a Francesa, pioneira no desenvolvimento dos conceitos e a norte americana, que surgiu após a conceituação francesa e descende de uma aplicabilidade comportamental cognitivista que sempre foi forte nos Estados Unidos.
A gestão de talentos, assim como a gestão por competências, ainda é um assunto muito discutido e criticado por muitos teóricos no mundo, pois a teoria ainda é colocada em prática somente após uma adequação para forma em que os dirigentes da empresa acreditam como válido.
Portanto o trabalho se destina a investigar em empresas de médio e grande porte na cidade de São Paulo, que existe instalada a gestão de talentos, como estas empresas conceituam os talentos e se a gestão dos mesmos é realmente eficaz.


1.2 JUSTIFICATIVA:

A relevância da realização da presente pesquisa está em analisar criticamente se o conceito de talentos dentro das médias e grandes organizações de São Paulo, que contenham a gestão de talentos, é convergente e a partir de uma base conceitual sólida, analisar como é feita a identificação, retenção e desenvolvimento dos talentos dentro destas organizações.







1.3 MÉTODO:

Amostra:

Para a realização da pesquisa serão entrevistadas 4 empresas de grande porte da cidade de São Paulo.

Procedimento:

A entrevista será feita com o profissional responsável pela gestão dos talentos na empresa. Como instrumento de investigação, utilizaremos um questionário semi estruturado, contendo cinco questões acerca dos objetivos da investigação. As perguntas são:

1) O que você (empresa) compreende por talento?
2) Como é feita a identificação dos talentos aqui na empresa?
3) Quais são as ações tomadas para a retenção destes talentos?
4) Como é trabalhado o desenvolvimento profissional destes talentos?
5) Como ocorre e com que freqüência ocorre a avaliação destes talentos?

Para que este trabalho seja realizado, primeiro entraremos em contato com empresas de grande porte para sabermos se em determinada empresa existe a gestão de talentos, em seguida tentaremos agendar com o profissional responsável uma entrevista para que a investigação possa ser efetuada e após a entrevista faremos uma análise quantitativa e outra qualitativa dos dados.
A análise quantitativa será realizada através de uma tabela e um gráfico de freqüência de respostas e a análise qualitativa será feita a partir de uma análise crítica quanto ao modelo adotado pelas empresas no processo de gestão dos talentos, ou seja, quanto à sua eficiência e fidelidade aos referenciais teóricos existentes.


Objetivos:

Entender como ocorre a adequação dos aspectos teoricos da gestão por talentos à realidade das empresas. Verificar a forma que é implementado a gestão por talentos nas organizações investigadas através de uma análise crítica dos dados coletados na pesquisa à luz da teoria para uma compreensão mais completa do fenômeno.

Cuidados Éticos:

Estabelecer um contato com as organizações e com os indivíduos de uma forma profissional que respeite os aspectos éticos de uma pesquisa acadêmica visando minimizar os riscos aos sujeitos e as instituições envolvidas no processo visando otimizar a validade e a integridade do trabalho.

2. REFERENCIAL TEÓRICO


2.1 Recursos Humanos – Importância e Desenvolvimento

A área de Recursos Humanos, já existe há muito tempo, começou como departamento pessoal onde os profissionais eram responsáveis pelo cálculo da folha de pagamento e pelo controle de presença e férias dos funcionários.
Porém, segundo Spector (2005), com a aprovação do conselho norte americano no tema psicologia industrial, novas abordagens e atribuições foram colocadas aos Recursos Humanos. A primeira atribuição foi a do departamento de Recrutamento e Seleção, no qual o profissional (psicólogo) ficou responsável por recrutar e selecionar pessoas para as empresas pois, os psicólogos tinham o auxílio dos testes psicológicos que lhes permitiam definir o perfil dos candidatos e comparar com o perfil das vagas, práticas estas que se iniciaram na primeira guerra mundial (na escolha de quem deveria ir para a linha de frente de combate e quem deveria ficar responsável pela definição da estratégia).
Posteriormente, outras atribuições foram impostas, como por exemplo, remuneração e benefícios (antigamente nomeada como cargos e salários) no qual o profissional cria escalas de salários para cada cargo presente na empresa e os modifica ou reajusta anualmente e pesquisa, cria parceria e compra em nome da empresa benefícios aos funcionários, como por exemplo, refeições, transporte, etc.
Porém as empresas começaram a notar que não bastava apenas contratar pessoas com o perfil adequado pois, estes profissionais deveriam estar em constante desenvolvimento, para isso surge então outro departamento, Treinamento e Desenvolvimento, no qual o profissional é responsável por identificar habilidades em defasagem e treinar os funcionários com estas carências, buscando desta forma um maior desempenho.
Por fim, segundo o autor, um novo departamento dentro do RH surgiu, mas este como necessidade social, o departamento de responsabilidade Social, que cria e desenvolve projetos voltados à comunidade.
Com tantas atribuições, não poderia ser diferente, o RH tornou-se a principal área de suporte dentro da empresa, pois sem ela, as outras áreas não conseguiriam obter o resultado esperado.


2.2 Recursos Humanos Estratégicos

De acordo com Ulrich (2003), até o final da década de 80 o RH era descrito como departamento operacional dividido em 4 categorias: recrutamento / seleção, desenvolvimento, avaliação e recompensas, com o avanço constante dos processos de globalização e com a necessidade de criar fatores mais competitivos nas organizações, o sistema de Recursos Humanos começou a ser integrado a uma nova visão. Deixou de ser visto apenas como área de apoio à realização de iniciativas de outras áreas e começou a ser considerado como área estratégica, pois deixou de se posicionar como suporte a outros departamentos para ser uma área facilitadora do alcance estratégico da organização. Este pensamento começou a se estruturar no final da década de 80 e início da década de 90.
A consciência e necessidade desta visão foram essenciais para a compreensão de que para a organização se destacar competitivamente deve-se criar uma base sólida de valores e competências essenciais, mas devem-se encarar as mudanças como oportunidades de crescimento. O novo ambiente das organizações exigiu que as estruturas se tornassem mais rapidamente adaptáveis, constituindo um contexto favorável a mudanças. Isto caracterizou uma busca crescente por posturas pró-ativas, em detrimento de ações reparadoras e reativas.
Para que isto fosse possível, foi necessário re-focalizar e re-localizar os recursos humanos. No novo espaço, o indivíduo não era mais coadjuvante dos processos mas o foco, o centro. As técnicas ou processos tornaram-se apenas ferramentais de mobilização. Compreendendo que o mercado está em constante mudança e sabendo que os funcionários têm que acompanhar esta mudança, o re-direcionamento do RH passa a englobar a responsabilidade de, selecionar, treinar e desenvolver pessoas que acompanhem esta mudança e estejam preparadas para adaptações necessárias neste processo. Portanto, o RH passa a trabalhar em torno de um planejamento que vise suportar a posição estratégica do mesmo dentro da organização.


2.2.1 Estratégia e Planejamento

A palavra estratégia está definida no dicionário Aurélio como “Arte militar de planejar e executar movimentos e operações de tropas, navios e/ou aviões, visando alcançar ou manter posições relativas e potenciais bélicos favoráveis a futuras ações táticas sobre determinados objetivos”, ou ainda, “Arte militar de escolher onde, quando e com que travar uma batalha ou um combate”.
Podemos encontrar em diversos pensadores e especialistas em estratégia, várias definições, porém adotaremos a descrita abaixo, pois é uma definição mais direcionada e não generalizada.
Estratégia, de acordo com Roncati (2000), é a forma em que determinada empresa se coloca diante do mercado, é mais do que a posição, ou seja, envolve também uma projeção que visa se estender ao médio – longo prazo.
Ainda segundo Roncati, a estratégia é como a empresa (enquanto conjunto de pessoas) se coloca diante de seus concorrentes, ou seja, posiciona-se, define seus produtos e a forma que será usada para expansão de seus negócios.
O Planejamento, de acordo com Roncati (2000), em contrapartida é a construção de um pensamento crítico quanto à realidade da empresa e que se constitui por uma análise de cenários. A partir do planejamento é que surgem os objetivos, metas, planos de ação e indicadores. O Planejamento em nível estratégico, portanto, é a análise da estratégia, colocando-a de uma forma tangível e sustentável e que funciona também como meio de expansão estratégica e suporte para a implementação da própria estratégia.



2.2.2 Estratégia e Planejamento em Recursos Humanos

Como descrito acima, a necessidade das empresas em transformar o RH em área estratégica, fornece-nos a compreensão das seguintes necessidades quanto a esta condição:
Abandono de processos decorrentes apenas do requisito de outras áreas;
Maior importância e necessidade de conhecimento do negócio;
Participação na elaboração do planejamento e da estratégia da empresa;
Foco direcionado para os funcionários e seus respectivos desenvolvimentos.
Desta forma, compreendemos que, o RH sendo estratégico, passa a se posicionar de maneira diferenciada na empresa, começa a fazer levantamento de necessidades e planos de melhoria independente dos planejamentos das outras áreas e constitui a partir deste momento parte operante do desenvolvimento organizacional. Para que isso fosse realmente tangível e mensurável, escalas deveriam ser criadas para que pudesse haver indicadores quanto à administração das pessoas dentro da organização.
Ulrich (2001), propõe um método chamado por ele de “Scorecard” que visa medir o desempenho das ações do RH em relação ao impacto na estratégia da empresa. Desta forma, Ulrich apresenta que a partir dos anos 90 uma nova ênfase sobre a estratégia de negócios e a importância dos sistemas de RH foi desenvolvida, ou seja, o impacto das ações do departamento de recursos humanos passou a ser classificado como parte essencial para a implantação das estratégias de negócios da empresa.
Ulrich também explica que vivemos em uma época em que um novo paradigma econômico – que se caracteriza pela velocidade, inovação, mudança, qualidade e satisfação de clientes – intensifica a importância dos ativos intangíveis (identificação da marca, conhecimento, inovação e capital humano). E esse paradigma pode, se estiver bem claro para os dirigentes do RH, ser considerado como um marco de ouro para o sistema de recursos humanos, pois se os mesmos dirigentes criam metodologias de mensuração das ações das pessoas, não apenas como classificação ou rotulação, mas como método de identificação de pessoas que agregam valores, o entendimento do RH pelas outras áreas fica mais identificável como área estratégica, tendo em vista que consegue medir quem e como alcança resultados superiores dentro da organização como um todo.

3.1 GESTÃO POR COMPETÊNCIAS

Segundo Gramigna (2002) o conceito norte americano de competência surgiu com David McClelland na década de 70, em seu trabalho publicado em 73, McClelland ele lançou os resultados de sua pesquisa sobre a mensuração de competências e inteligência. Este trabalho abriu caminho para outras pesquisas e estudos. Um pouco antes na Europa, os franceses também estudavam competências e o tema foi construído através de uma lógica, que levava o subjetivo das pessoas como parte da definição, Zarifian (1999). O conceito criado pelos europeus, apesar de mais “humanizado” torna o controle e a tentativa de avaliação improvável, como nos Estados Unidos a psicologia comportamental cognitiva sempre foi alicerce dos avanços psicológicos no país, a definição acerca de competência criada pelos norte-americanos é mais viável quando a otimização do desempenho é o foco de estudo.
Ainda segundo Gramigna (2002), competência é o conceito utilizado para o conjunto de comportamentos que apresentam os conhecimentos (saber), habilidades (saber fazer) e atitudes (querer fazer) que levam o profissional a resultados diferenciados. Na década de 80 pesquisadores e estudiosos do tema começaram a criar escalas de competências e conjunto das mesmas para cada função, foi o primeiro passo para criar-se o conceito de competências essenciais (organizacionais) que são aquelas que as organizações dependem para o bom funcionamento do negócio, ou seja, aquelas competências que as organizações precisam que seus colaboradores (funcionários) tenham. Estas competências são comportamentos que elevam os resultados e clareiam o caminho de seus funcionários.
A partir do referencial de que competências são comportamentos, torna-se viável e fácil a sua mensuração. A mensuração descrita por profissionais, em particular por Gramigna (2002) e Ulrich (2001), remete-se a uma análise dos resultados do profissional e a uma avaliação que pode ser executada pelos colegas, subordinados e superiores, nesta avaliação é medida a freqüência dos comportamentos classificados como básicos, essenciais e diferenciais. As competências básicas são aquelas sem as quais os negócios não funcionam, as essenciais são as mais importantes e percebidas pelos clientes e as diferenciais são as consideradas estratégicas, pois estabelecem a vantagem competitiva e diferenciada no mercado.
Através da análise de freqüência e com os comportamentos bem definidos o resultado da avaliação propicia um plano de desenvolvimento para as competências (comportamentos) que não estão desenvolvidos ou presentes nas atividades executadas pelos profissionais.
A forma de mensuração descrita acima nada mais é do que uma ampliação do conceito de avaliação de desempenho, pois é feita uma análise de resultados e também é feita uma análise de competências. Para que a gestão por competências como meio facilitador do alcance de resultados e um modelo estratégico da gestão de pessoas esteja realmente completo, parte-se para uma outra etapa, a gestão dos talentos, que consiste na identificação retenção e desenvolvimento dos profissionais que são considerados diferenciais dentro do quadro de funcionários.


3.2 GESTÃO DE TALENTOS

O conceito de talento também pode ser definido de diferentes formas, no começo, segundo Gubman (1998) talento era o profissional que conseguia ter resultados superiores, porém como não se tinha a idéia de que comportamentos poderiam ser os responsáveis pelo sucesso e também pelo fracasso no desempenho, o talento era considerado como dádiva ou algo que se nascia com. Após o desenvolvimento da teoria e do modelo da gestão por competência, criaram-se novos conceitos para talentos, segundo o próprio Gubman, talento é o profissional que tem as competências básicas, essenciais e diferenciais, pois não apenas conseguem resultados esperados ou superiores, mas também agregam valores estratégicos à organização, facilitanto desta forma o posicionamento da empresa e a vantagem competitiva diante dos outros concorrentes.
Ainda segundo Gubman (1999), o processo de identificação e retenção de talentos é muito semelhante ao processo descrito por Gramigna, a identificação deve ocorrer quando possível já na entrevista de admissão do funcionário, realizando uma entrevista em que se investiga os comportamentos realizados pelo candidato em situações parecidas com a que ele irá passar caso seja admitido. Este tipo de investigação foi a primeira publicação de David McClelland no qual apresentava o sucesso deste tipo de entrevista por ser o melhor meio de prever compotamentos. Caso não seja possível identificar talentos ou no caso, potenciais talentos (aqueles que têm uma predisposição a terem as competências básicas, essenciais e diferenciadas), a melhor forma de se identificar é através do cruzamento dos resultados com suas freqüências comportamentais, ou seja, com suas competências.
A retenção, segundo Gubman (1999) e Gramigna (2002), deve ser feita através dos desafios, ou seja, convites para projetos desafiadores e que necessitem de capacidades diferenciadas e através do reconhecimento externo, tendo em vista que este grupo de profissionais provavelmente será o grupo sucessor de cargos de responsabilidade da empresa. Ainda segundo os autores, o processo de retenção engloba a sedução do profissional pelo ambiente de trabalho proposto e em cima desta questão, o talento normalmente se sente atraído por responsabilidades ampliadas, quando percebem que a organização está investindo em sua carreira, seja através de um plano de desenvolvimento, seja via treinamentos e também quando se sentem reconhecidos publicamente pelas sua contribuições e quando têm oportunidades de trabalhar como líderes ou coordenadores de uma equipe.
Portanto de acordo com os autores citados acima, a gestão estratégica de pessoas visa ampliar o posicionamento da empresa investindo no capital intelectual e para qua este investimento e esta gestão sejam mensuráveis e tangíveis o modo compreendido como gestão por competências se baseia no mapeamento de comportamentos que facilitem o alcance dos resultados e objetivos e a identificação dos talentos se baseia na identificação de profissionais que além de possuírem as competências básicas e essenciais possuam também as diferenciadas, ou seja, além de fazerem bem o que se é esperado também sejam capazes de agregar valor à empresa e aos outros colaboradores.
Fica também definido que o processo de retenção depende mais da empresa do que do funcionário, pois da mesma forma que o chamado talento contribui e agrega valor a organização ele só aceitará fazer parte desta organização se a mesma investir em seu desenvolvimento profissional e emocional (no caso do reconhecimento público).


5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a evolução dos recursos humanos como área estratégica, a gestão de talentos é uma das atribuições da área que garante este posicionamento, pois facilita a compreensão da estratégia da organização como um todo.
Diante das possíveis práticas da gestão de talentos, de um foco no mercado, percebe-se um forte alinhamento entre os procedimentos realizados pelas empresas estudadas.
Ao compararmos o referencial teórico com a prática das companhias, ainda encontramos discrepâncias principalmente entre a definição e os conceitos compreendidos pelos entrevistados.
A diferença entre o conceito de talentos utilizada pelas organizações e os conceitos estudados no referencial teórico permite a inferência que a definição consolidada de talentos não existe, apenas múltiplas conceituações que se adeqüam as diferentes culturas.
Portanto, compreende-se que existe uma dificuldade das instituições em integrar os conceitos: resultado, competência e talentos. Pois, mesmo com a preocupação em ter estes temas incorporados à empresa, os departamentos de recursos humanos ainda têm sua gestão separadamente. Ou seja, as corporações continuam administrando cada conceito sem interligá-los.


6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


ALMEIDA, Walnice. Captação e seleção de talentos. São Paulo: Editoera Atlas S.A, 2004.
GIL, Antonio Carlos. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001.
GRAMIGNA, Maria R. Modelo de competências e gestão dos talentos. São Paulo: Pearson Makron Books, 2002.
GUBMAN, Edward L. Talento - Desenvolvendo pessoas e estratégias para obter resultados extraordinários. Rio de Janeiro: Elsevier, 1999.
RONCATI, João N. Planejamento Integrado - desenvolvimento de um modelo e aplicação prática a partir dos conceitos de Henry Mintzberg. São Paulo; Dissertação de Mestrado; USP, 2000.
SPECTOR, Paul E. Psicologia nas organizações; tradutor Solange Aparecida Visconde; revisor técnico Maria José Tonelli. São Paulo: Saraiva, 2005.
ULRICH, Dave. Gestão estratégica de pessoas com "Scorecard". Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.
ULRICH, Dave. Recursos Humanos Estratégicos. São Paulo: Editora Futura, 2003.